Você sabe o que é o Janeiro Branco?
É o mês de conscientização da sociedade quanto à saúde mental e o bem-estar emocional. Assim como o físico, a mente também precisa de cuidados.
O isolamento social decorrente da pandemia do COVID-19 aumentou drasticamente as vítimas de males como ansiedade, depressão e outros transtornos de ordem psicológica, seja pela solidão em si ou pelas vulnerabilidades intensificadas pela pobreza, violência doméstica e desemprego. Ao longo deste mês, vamos abordar alguns grupos que estão diretamente ligados ao tema. Você já deve saber que a principal missão da ECD é "Fortalecer vínculos e valorizar famílias".
Hoje queremos falar sobre a influência da família na promoção de saúde mental de seus membros.
A família, independentemente de sua configuração, deve ser um local seguro de acolhimento e proteção.
É lá onde aprendemos antes de tudo a ser bons cidadãos e a elaborar nossos sentimentos. Infelizmente, sabemos que existem inúmeras questões que afetam diretamente este desenvolvimento: pobreza, desemprego, fome, falta de acesso à educação, violência doméstica, exclusão social, falta de acesso à saúde de qualidade, violência local, etc.
Quando este desenvolvimento é afetado, torna-se urgente compreender e identificar as razões para estas disfunções e assim encaminhar para que estas necessidades sejam sanadas e os vínculos familiares fortalecidos. Por exemplo, "na UFPB, o Comitê de Políticas de Prevenção e Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres (CoMu) tem atuado de maneira atenciosa às nuances da saúde mental das mulheres que são atendidas. Segundo dados do Relatório de Gestão da CoMu, entre 2018 e 2019, do total de usuárias acolhidas, 31% foram encaminhadas para serviços de atendimento em saúde mental. Dentre as que relataram estar em sofrimento psíquico, 41,3% relacionaram o adoecimento mental com a violência sofrida. Além disso, 17,2% das mulheres afirmaram ter ideação ou pensamentos suicidas e já tentaram suicídio".
Um relatório realizado pela UNICEF sobre os "Impactos primários e secundários da COVID-19 em crianças e adolescentes" (1ª onda), publicado em Outubro de 2020, afirma que 21% dos entrevistados que moram com pessoas menores de 18 anos nas classes sociais D e E, deixam de comer por falta de alimento. Leia aqui!
As reações psicológicas e físicas geradas pelo stress podem influenciar também a relação entre os pais e seus filhos. Com o objetivo de cumprir o papel de agentes de socialização dos filhos, os pais fazem uso de diversas estratégias e técnicas para orientar seus comportamentos. Pais estressados tendem a utilizar-se de práticas educativas negativas, que se tornam fontes de stress para a criança (Gomide, 2003)
Uma pesquisa realizada com 30 crianças, entre 7 e 12 anos, no município paranaense de Matelândia apontou que 60% sofriam de baixo suporte familiar e stress. Fortalecendo a tese de que há correlação direta entre esses dois fatores.
Os fatores apresentados para um sistema familiar forte e saudável que promova bem-estar emocional foram: coesão familiar, boa comunicação entre seus membros, adaptabilidade da família a mudanças e bom vínculo emocional.
É por isso que trabalhamos incessantemente para que isso aconteça! :)
Fortalecer vínculos familiares é promover diretamente a saúde mental de mães e filhos!
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